Gessagem
8. GESSAGEM
Nas áreas de cerrado as limitações impostas pela acidez ultrapassam a camada arável e atinge camadas subsuperficiais.
A toxidez de alumínio e/ou baixa disponibilidade de cálcio, como visto anteriormente, ocasiona a limitação do crescimento radicular que, por sua vez, resulta na limitação da utilização de água e de nutrientes em profundidade.
Inviabilidade da calagem: para atingir zonas mais profundas no solo exigiria maquinário apropriado, bem como alto consumo de energia. O custo torna a prática inviável.
Recomenda-se a utilização de sais de cálcio mais solúveis que o carbonato do calcário. O mais utilizado é o GESSO AGRÍCOLA (CaSO4 . H2O). O gesso é também importante fonte de cálcio e enxofre.
8.1. Reações do gesso em solos ácidos
O gesso é um sal NEUTRO e, por isso, não tem capacidade de neutralizar a acidez do solo promovendo a elevação do pH.
A grande capacidade do gesso é a de enriquecer as camadas subsuperficiais com cálcio, amenizando os efeitos da presença do H + e do Al3+, promovendo condições mais favoráveis ao crescimento radicular. Esse enriquecimento com cálcio deve-se a capacidade de formar par iônico solúvel no processo de dissolução do gesso.
Os íons sulfatos podem reagir com Al3+ da solução, formando espécies químicas que resultam em menor atividade do alumínio em solução, reduzindo sua toxidez.
8.2. Diagnóstico da toxidez de alumínio ou deficiência de cálcio
Não está bem definida a condição de deficiência de cálcio ou de toxidez de alumínio em que se recomendaria a prática de gessagem.
Amostragem: camada de 20-40cm do solo.
8.3. Cálculo da necessidade de gessagem
Três sugestões:
Quando a necessidade for determinada pelo método da saturação por bases: Substituir 25% do CaO do calcário por CaO do gesso.
Ex.: necessidade de calagem = 4t/ha de calcário
Calcário a ser utilizado apresenta 40% de CaO.
100Kg de calcário
40Kg de CaO
4000Kg de calcário
x
X = 1600 Kg de