Alumínio na agricultura

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA “LUIZ DE QUEIROZ”

Projetando Agricultura Compromissada em Sustentabilidade PACES

Alumínio
Lucas Ryuichi Muraoka

Piracicaba-SP Setembro de 2011

Introdução
O Alumínio é um dos mais abundantes metais e o terceiro elemento mais comum na crosta terrestre, e também um elemento de grande importância na agricultura, principalmente em termos de Brasil onde a maioria dos solos são intemperizados gerando altos teores desse elemento, sendo limitante ao crescimento das plantas. O Al é responsável pela acidez trocável do solo, fator que limita ou até mesmo impede o crescimento radicular da maioria das culturas. Além disso, está presente nos minerais de argila (aluminossilicatos) e em forma livre forma óxidos, onde serão adsorvidos ânions, como por exemplo fosfatos, molibdatos, sulfatos, entre outros (PEIXOTO et al, 2007). Portanto, devido à suas várias funções no solo e toxidez às plantas o Al é um elemento cujos teores devem ser observados na escolha da cultura e recomendações de adubação. Apenas como exemplo, o Al foi considerado anos atrás como um dos grandes limitantes da expansão da fronteira agrícola no Brasil (MALAVOLTA, 2006).

Solo
1.1 Origem e Formas no solo

O alumínio se origina do intemperismo de minerais primários como argila (caolinita, montmorilonita, haloisita, bentonita, ilita) além de outros minerais como Feldspatos e silicatos (ALLEONi et al., 2011). Em condições alcalinas os produtos finais do intemperismo dos minerais primários – principalmente feldspatos – são Al(OH)4-. Em condições neutras ou fracamente ácidas temos compostos coloidais de Al, AlOOH, Si[Al(OH)-3. Em ambientes ácidos são produzidos íons Al+3 e mais raramente ácidos aluminosílicos. O Al está presente nas estruturas dos minerais de argila (confere a CTC permanente), e complexados à matéria orgânica ou à ânions presentes disponíveis, sendo que estudos indicam que formas complexadas são, em maior ou menor grau menos