Germinal
O filme se apresenta de maneira muito chocante ao trazer em si cenas muito fortes. Visa a provocar no expectador uma reflexão crítica sobre o trabalho degradante, extremamente exploratório e desvalorizado nas minas de carvão na França do século XIX.
Trás em si a história da família do “Boa Morte”, senhor aposentado que dedicou 50 dos seus 58 anos de vida ao trabalho nas minas e agora o restante da família da continuidade a atividade. É interessante observar o dano causado à saúde física e psicológica dele que dedicou toda sua vida ao trabalho e hoje tem o carvão presente em seu organismo tanto que o vomita constantemente, e recebe uma pequena quantia paga a ele como forma de aposentadoria.
Desde muito novo se emprega pessoas nas minas, inclusive crianças e mulheres, sendo que essas pessoas estão sujeitas a uma longa jornada de trabalho, ambiente e condições precárias, um serviço braçal pesado e exaustivo, além da insegurança de desmoronamentos e explosões. A remuneração é baixíssima e totalmente desproporcional ao trabalho. É dito que o operário só tem direito a comer e ter filhos, mas na verdade o dinheiro não dá pra alimentar a numerosa família durante todo o mês, sendo assim a mesma contrai dívidas. Têm-se ainda descontos em seus salários em razão de escorras mal feitas e a morte vive a assombrá-los.
Retrata a prostituição na figura da moça Catherine que apesar de trabalhar nas minas recorre a isto como forma de garantir recursos e o próprio alimento para a família.
Relata o crescimento da insatisfação quanto ao trabalho degradante, tanto que após uma baixa nos salários eclode-se uma grandiosa greve liderada por Étienne, um recém-chegado trabalhador que se revolta com a situação a que estavam expostos. Os grevistas reivindicavam melhores salários, abdicavam da pouca remuneração em defesa do direito ao pão, destruíam minas e impediam o trabalho dos não revoltosos. A greve gerou uma grande crise, tanto que um tarado comerciante