Germinal
POR:
Paula Cabral da Silva
Émile Zola nasceu em abril de 1840, em Paris, trabalhava para a Editora Hachette como empacotador de livros, logo passou a chefe do setor de divulgação e publicidade, porém concluiu que o trabalho na editora lhe roubava tempo para escrever e deixou o emprego para se dedicar a literatura. Já publicou diversas obras, dentre elas, “Germinal”. Trata-se de uma denúncia às péssimas condições de trabalho dos operários, a fome, a miséria, a promiscuidade e a falta de higiene, retratando problemas de desigualdade em seus extremos: a miséria de um lado e a opulência de outro, bem como, as conseqüências que estas desigualdades acarretarão no enredo. Para resolver tais problemas, o autor procura primeiramente entender o contexto e as necessidades dos trabalhadores, da forma mais realista possível. Antes de escrever Germinal, Zola trabalhou numa mina de carvão na França, onde levou a vida dos mineiros e acompanhou uma greve sangrenta que durou dois meses, por esse e outros motivos, seu texto se baseia em fatos verídicos à época da Revolução Industrial, e em seguida da Primeira Internacional – a famosa associação criada por Karl Marx em 1864 para reunir os trabalhadores do mundo todo. E então representa por meio desta obra, o germe da transformação social, aquele broto de planta que por mais que arranquem sempre volta a nascer. Germinal é o nome do primeiro mês da primavera no calendário da Revolução Francesa: é quando as sementes das novas plantas germinam. Na primeira parte, o autor aborda o contexto histórico, que pertence ao século XIX e se passa nas minas de carvão ao Norte da França, e os aspectos descritivos das condições de vida subumanas de uma comunidade de trabalhadores de uma mina de carvão, provocando deste modo, o leitor através de um cenário de misérias e injustiças, onde ele inicia a sua jornada por meio de seu personagem principal – Étienne - que ao