Germinal
Luis Carlos Kanzler Junior
Resenha Crítica: Germinal
Irati
2012
Introdução
Algumas ou muitas obras são tão fiéis a realidade, que pouco dá pra acreditar que aquilo tudo é ficção. Mas pouquíssimas mesmo, podem se equivaler a Germinal. Emile Zola, autor do livro no qual o filme de 1993 dirigido por Claude Berri. Zola passou meses trabalhando nas minas de extração de carvão para servir de inspiração em Germinal. O escritor francês enfrentou as cargas horárias de trabalho praticamente ininterruptas, comeu da mesma comida e viveu no mesmo teto que os pobres minerados, e acompanhou de perto muitas greves e revoltas, nesse meio tempo. A título de curiosidade,o livro de Zola é uma das obras percussoras do estilo literário conhecido com Naturalismo, que procura retratar um realismo cru e visceral.
O livro de fato, não li. Mas o filme de maneira digna, em suas duas horas e meia, faz valer a importância político-social da trama.
Os personagens
A trama é constituida por um vasto número de personagens, uns mais importantes, outros menos. Mas uma família é essencial para se manter em foco. Formada por Toussainte Maheu, um senhor de meia idade que é um dos fiéis retratos do proletariado, honesto e trabalhador, vivido pelo dono do nariz mais famoso do mundo, Gerard Depardieu. Sua esposa Maheude, uma senhora de personalidade fortíssima, e dona de um orgulho descomunal.Eles criam seus 7 filhos com muito suor e poucos recursos.
Catherine uma das crias de Maheude, desperta a paixão de Chaval, um homem inescrupuloso, asqueroso e imbecil. E também de Etienne, um forasteiro cheio de ideais que chega pra mexer com a vida da família ,e de todos do povoado.
Tempos Difíceis
Quando 16 horas de trabalho com uma remuneração insignificante, é tudo o que se pode ter, a batalha é diaria pra se por uma simples fatia de mão na mesa.