Gerenciar sem gerencia
Este capítulo tem o intuito de questionar a necessidade da gerência, bem como ela surgiu, se ainda é necessária nos tempos de hoje e faz uma prévia em cima da expectativa de uma revolução no modo gerencial das empresas.
Com base em uma perspectiva histórica no século XVIII, a maior parte da atividade econômica não agrícola estava nas mãos do Estado, de guildas e de pequenas empresas familiares, em destaque os quakers como Fry, Rowntree e Cadbury.
No século XIX a forma dominante ainda era a empresa familiar dirigida por seus membros, existindo havia muito tempo, mas ainda com pequena parcela ascendia outra forma de empresa, a profissional originalmente composta por advogados, banqueiros e administradores de patrimônio.
Evoluindo originalmente da empresa familiar as organizações profissionais assumiram uma forma econômica distinta: a empresa gerenciada.
O nascimento da empresa gerenciada foi facilitado por três fatos: o conceito de responsabilidade limitada – se a empresa falisse, seus proprietários poderiam manter seus bens. Facilitando o segundo fato: investimento em empreendimentos indústrias pela aristocracia rural e mais tarde pelas classes médias profissionais – visando aumentar suas riquezas proprietários rurais reconheceram o rápido desenvolvimento da indústria e sua estrutura de apoio. O terceiro fato foi o crescimento e a formalização das bolsas de valores.
Foi somente no século XX que a maioria das atividades industriais e comercias deixou de estar nas mãos das empresas familiares, a estimativa é que isso aconteceu, nos EUA e na Grã-Bretanha, entre as duas guerras mundiais. Contudo, entre 1945 e 2000, a empresa gerenciada era claramente a forma dominante de organização econômica.
O poder e a influência da empresa gerenciada foram grandemente ampliados durante o século XX, por outro fator: a crescente importância do comércio internacional e, mais tarde, o desenvolvimento, por