Gerd Muler
Seu diferencial era a sua explosão e velocidade de movimentos em pequenos espaços e seu chute potente e preciso. A imprensa alemã gostava de chamá-lo de caubói por ser "rápido no gatilho e absolutamente certeiro". Sua humilde explicação era a de que nunca procurava ângulos ou efeitos plásticos, "só tentava colocar a bola rente ao chão, pois é mais difícil para o goleiro a bola rasteira do que a alta". Suas rápidas mudanças de lado em espaços curtos faziam os adversários caírem; em seus anos de glória, soube usar seu baixo centro de gravidade de forma sobrenatural.
Com essas características, tornou-se de longe o maior artilheiro da Seleção Alemã (contabilizando seus jogos pela então Alemanha Ocidental), com incríveis 68 gols em 62 partidas, uma média quase insuperável de 1,1 gols por jogo. Supera até a média de Ferenc Puskás (que fizera 83 gols em 84 jogos pela Hungria). Nas doze partidas de alto nível que fez (quatro finais de Copa dos Campeões da UEFA - um delas como desempate -, oito jogos decisivos em Copas do Mundo e Eurocopas), marcou treze.
Artilheiro da Copa do Mundo de 1970 com dez gols, foi por muito tempo o maior artilheiro das Copas, com 14 (somado aos quatro gols que fizera na de 1974, quando foi campeão), até ser superado com o 15º gol do brasileiro Ronaldo na de 2006. É também o terceiro que mais marcou em uma única Copa, atrás do francês Just Fontaine (13 gols em 1958) e do húngaro Sándor Kocsis (11 em 1954).
É também o maior artilheiro do campeonato alemão (do qual foi campeão quatro vezes) em uma única edição (40 gols em 1972), na quantidade de vezes (sete) e no número total (365 em 427 jogos). Sobre sua importância, Paul Breitner e Franz Beckenbauer, seus ex-colegas de Bayern Munique e Seleção Alemã-Ocidental