GEração adm produção
Published on 27/01/2015 by Paulo Ghiraldelli
Direitos sociais e direitos de minorias são justos e nos fazem melhores. Pertencem ao ideário de um liberalismo avançado ou da social democracia ou de solidarismos de vários tipos. São frutos do que há de melhor na modernidade. Eles não geram mimimi. Nunca geraram em país algum.
O mimimi é gerado independentemente de política social. Tanto é que aparece em lugares diversos, inclusive nos Estados Unidos, onde o Welfare State é praticamente inexistente se compararmos a democracia americana às democracias europeias ricas. O mimimi é cultural e tem a ver antes com o sistema social (e com o tipo de família) que geramos que com a organização da política, do Estado. O mimimi é o beicinho, a magoazinha, a desistência do fracote, a apelação do
“maricas” ao verter lágrimas desnecessárias (quer ver um tonto me acusar de homofobia por isso, ou seja, já vir com mimimi?), a reclamação de quem não consegue se comprometer com nada. O mimimi é o gemido que chamamos de … mimimi!
Por isso, o mimimi pode vir da direita ou da esquerda, ou do simples fingimento de posições. Eis a situação típica do aluninho ou aluninha que não desliga o celular na aula (no colégio e, agora, até na faculdade) ou que não estuda e não sai das “festas do DCE”. Por exemplo: o garoto não quer estudar Marx (e nada mais) e, então, tenta uma saída que ele acha inteligente: escreve uma cartinha para a revista Veja dizendo que está sendo doutrinado, e consegue ganhar a seu favor até o Pondé, que não deveria cair nisso mas cai. Há também o garoto que não quer estudar Weber (e nada mais) e, então, vem com o discurso de uma esquerda sindical fajuta que diz que se trata de um autor “neoliberal”, que aumentaria no estudante sua “insensibilidade para com os pobres”. Isso é mimimi.
Isso pega professores desavisados e já dominados, eles próprios, por uma politização exagerada e cegamente apaixonada. Esses garotos em geral são só enganadores, são os