geração 00
Relatorio
Sou estudante de design, uma área que envolve criação, configuração e viabilização comercial de projetos gráficos. Por isso, é uma área que exige imenso repertório artístico/cultural e uma boa capacidade de contextualização/conceitualização. Acredito que a arte-educação, o contato com as obras, com os artistas e, especialmente com o público, ajudou muito em minha formação. Essa “ponte” entre o trabalho do artista e a opinião dos visitantes (muitas vezes leigos ou inseguros em relação à arte) vem favorecendo meu poder de síntese, e mesmo o meu entendimento das relações que pessoas com gostos tão diferentes podem criar com produções visuais.
Apesar de ser estudante de “uma outra área”, como estudante de design não me senti tão deslocado uma vez que a grande diferença entre o design e as artes visuais é a questão da intencionalidade. Isso não significa que a generalização comum de que “design é uma arte comercial” condene os estudantes de design a uma visão mercantilista da produção visual. Pode se observar a mesma metodologia e os mesmos processos criativos que, no design, se encontram subordinados ao intermediador com o publico (representado pela figura do “cliente”).
Muitos podem enxergar essa interferência como uma limitação enquanto os que se interessam de fato pela arte podem encontrar aí um meio de desenvolver linguagens capazes de popularizar (através da lógica da massificação capitalista) a conceitualização muitas vezes inacessível ao grande publico.
A princípio, com o estranhamento que eu compartilhava com os grupos de alunos em relação à algumas das obras, a visita se resumia à tentativas de adequar o ritmo e o repertório dos alunos aos roteiros preestabelecidos que eu tinha “na manga” (muitas vezes envolvendo apenas trabalhos com os quais eu me identificava ou que conseguia mediar mais facilmente pela temática, suporte ou idéia).
Entretanto, conforme a exposição avançou e os educadores, juntamente com a