Geoquímico
É o ramo da ciência geológica que estuda a química do planeta. A geoquímica utiliza as leis da química para entender os processos que governam a abundância e distribuição dos elementos nas diversas partes da Terra e nos corpos celestes (cosmoquímica), assim como nos diversos materiais que compõem o interior e a superfície da Terra: magmas, rochas, minerais, minérios, água, ar, etc.
Não há consenso entre os diversos autores quanto ao período da história que se pode designar como o início da geoquímica. Alguns sugerem que os trabalhos de George Bauer (Agrícola), conhecido como pai da Mineralogia, no século 16, podem ser considerados como o início desse ramo da geologia. Bauer nasceu na cidade mineira de Freiberg (Saxônia), na Alemanha. Trabalhou como químico no laboratório da mina. Observando as minas, sugeriu que as rochas eram decompostas na superfície da Terra pela água da chuva. Posteriormente, a circulação da água subterrânea formava novas rochas em grandes cavernas subterrâneas. Bauer não tentou quantificar as reações químicas envolvidas, mas observou que a solução e deposição por fluidos circulantes tinham um papel fundamental na formação do minério. Seus trabalhos estão documentados no primeiro livro-texto de geologia e mineração: De Re Metallica.
Os trabalhos de James Hutton (1726-1797), pai da Geologia, e Abraham Werner (1750-1817) baseavam-se fortemente no conhecimento de química que ambos possuíam. Hutton defendia a tese da formação de todas as rochas por processos magmáticos – cristalização, a partir de um fundido seco (plutonismo), enquanto Werner acreditava que todas as rochas eram formadas pela precipitação de material dissolvido na água do mar (netunismo).
Na primeira metade do século 20, entretanto, é que a geoquímica ganha destaque como um ramo da geologia, principalmente com os trabalhos de N. L. Bowen, V. M. Goldschmidt e S. S. Goldich. Bowen era um cientista respeitado e trabalhou no Carnegie Geophysical Laboratory, em