Geoprocessamento
Potencialidades espectrais e radiométricas Imagens fotogramétricas na faixa do infravermelho próximo
N
Gustavo
Macedo de
Mello Baptista
Geógrafo, doutor em geologia, docente e pesquisador do Instituto de Geociências da
Universidade de Brasília gmbaptista@unb.br Cláudio
Marcio Queiroz
Engenheiro agrimensor, diretor comercial da
Topocart Topografia,
Engenharia e
Aerolevantamentos
queiroz@topocart.com.br
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Infogeo 64
os últimos anos houve um grande avanço tecnológico nos recursos utilizados em levantamentos aerofotogramétricos. O desenvolvimento das câmaras digitais com mecanismos de captação da radiação eletromagnética propiciou a aquisição de imagens aéreas em bandas independentes na faixa do espectro óptico refletido, cobrindo as regiões do visível e do infravermelho próximo (NIR). Diante disso as imagens aéreas estão sendo aplicadas em análises multifinalitárias, além da obtenção da topografia cadastral e ortofotocartas.
Acompanhando este avanço tecnológico das câmeras aéreas, os equipamentos auxiliares como plataformas giroestabilizadoras, as unidades de medição inercial e os sistemas de posicionamento geodésicos embarcados (GPS), proporcionaram a obtenção das coordenadas do centro perspectivo das fotografias com altíssima precisão, no momento de sua aquisição. Todo esse conjunto de equipamentos de última geração, associados às imagens estéreas, permite a obtenção do modelo digital de superfície (MDS) praticamente sem necessidade de coleta de pontos de controle em campo, admitindo a ortorretificação das imagens com rapidez, precisão e economia, resultando em ortoimagens enquadradas dentro do Padrão de Exatidão Cartográfica
(PEC), Classe A, conforme Decreto 89.817 de 20 de junho de 1984, que estabelece as instruções reguladoras das normas técnicas da cartografia nacional. Salientase ainda que a imagem aérea, salvo exceções, é propriedade de quem adquire, ou seja, a contratante tem total liberdade