geopolitica
O gráfico abaixo demonstra a importância do efeito substituição e seus impactos sobre o consumo doméstico. O país “A” produz o bem “Y” e importa o bem “X” produzido no país
“C”. Em condições de livre comércio, a taxa de substituição entre “X” e “Y” é definida pela relação de preços entre os dois bens (linha
AC
). O equilíbrio de livre comércio está representado pelo ponto e , interseção entre a curva de indiferença
II
e a reta de restrição orçamentária AC
. A imposição pelo país “A” de uma tarifa sobre a importação do bem “Y” modifica a taxa de transformação entre os bens (linha
A ́C ́
) : os consumidores passarão a consumir menos do produto importado “X
” e aumentarão a demanda pelo bem “Y”, produzido localmente. A posição de equilíbrio do país “A” se moverá para o ponto h, no qual os consumidores ajustaram sua demanda à nova taxa de transformação entre os bens. Mantendo-se os níveis de proteção sobre as importações, caso os países “A” e “B” formem uma união aduaneira, é possível que, mesmo ocorrendo “desvio de comércio”, haja ganho em termos de bem-estar. O país
“A” passaria a importar o produto “X” do país “B”, com base nos termos de troca definidos pela linha
AB,
ou seja, a instituição de uma união aduaneira não reduz o bem-estar no país “A” comparativamente com a situação em que o mercado está protegido. O desvio de comércio decorrente da formação de uma união aduaneira entre os dois países só reduzirá o bem-estar no país
“A” se os termos de troca com o país “B” definirem uma reta de transformação que esteja abaixo da linha
AB
. Quaisquer outros termos de troca entre “A” e “B”, gerados pela formação de uma união aduaneira, que estejam acima da curva de indiferença
II
e abaixo da linha
AC
aumentarão o bem-estar