Geometria e Civilização brasileira
Daí se dá o conhecimento e reflexão da deficiência dessas áreas da então arte nas terras do Brasil. A mandato de Portugal, por meio de uma carta régia, um Capitão de engenheiros é enviado à colônia para o ensino dos “naturais da terra” da arte da reparação, risco e construção de fortalezas. Seus discípulos eram no máximo três, com idade máxima de dezoito anos.
Era uma época de guerras e disputas de nações pelas terras recém descobertas pelo imperialismo. Portugal não se mantinha em uma posição diferente das demais potências da época. Devido a isso houve grande investimento na proteção das fronteiras e vigilância e defesa do litoral, até mesmo as igrejas serviam de postos de observação estrategicamente dispostos em pontos elevados de terra.
Vale ressaltar que a engenharia e a artilharia andavam juntas nesta época. Os chamados engenheiros construtores eram responsáveis pela arte de fortificar e reparar as praças e sítios de defesa, enquanto os engenheiros de fogo eram especialistas no preparo e lançamento de bombas.
Graças a conhecimentos físico-matemáticos de estudiosos como Isaac Newton e Leibnitz, foi possível por meio de livros estrangeiros a reunião e propagação dos conceitos, teorias e ideias possibilitadoras dos mais diversos tipos de construção da época.
Estas por sua vez, foram de caráter profundamente fundamental para o processo civilizatório brasileiro. Ora, sem os conhecimentos fundamentais da matemática e geometria, como poderiam ser elaborados e construídos fortes de defesa do litoral contra os inimigos invasores? Ou como poderiam ser construídas pontes e estradas para a facilitação da locomoção das tropas defensoras das terras?
Além dos engenheiros