PRAIA DA CONSOLAÇÃO A praia da consolação foi a segunda que visitámos. Esta era apenas constituída por rochas, não existindo areia. Antes de irmos para a praia o guia deu-nos algumas informações sobre ela, como o facto de ser muito boa para ver estruturas fossilíferas, que ao contrário dos dinossáurios que são extremamente difíceis de encontrar existem em grande escala. Os vertebrados são a minoria dos animais, existindo apenas 10% de animais com ossos, pelo que os animais que estão nesta praia são animais invertebrados. Dize-nos também que devíamos procurar fósseis de Lamelibrânquios (mexilhões), de Turritelas e de Corais. Através da observação dos fósseis de corais, uma vez que são fósseis de ambiente, foi-nos possível perceber que nesta praia há 150 milhões de anos as águas eram pouco profundas, quentes e límpidas, sendo por isso um ambiente marinho. Outro fóssil que também poderia confirmar que era água salgada é o do ouriço-do-mar. O facto de os mexilhões viverem na zona entre marés e estarem por cima dos corais que vivem debaixo de água, também nos mostra que estes viveram em tempos diferentes. Tendo os mexilhões vivido primeiro e apenas, passado milhares de anos, quando o nível do mar subiu é que surgiram os corais nesta zona. Na plataforma de abrasão, podia-se ver que ar rochas estavam em forma de quadrados com fendas e entre elas. O que é perfeitamente natural pois devido á descompressão criam-se fendas onda atualmente existem cristais de sal do mar. Estes cristais não saem com a água pois é cloreto de sódio que se ligou ao calcário há milhares de anos formando a calcite. Nesta praia também não pudemos ver tudo, devido às más condições climatéricas que se fizeram sentir nos dias anteriores, pelo que a zona em que nos encontrávamos era melhor para ver mexilhões enquanto na outra a que não fomos existiam mais corais.