Geografia
O Determinismo nasceu com os primeiros rudimentos sobre aspectos e fenômenos que viriam a ser objeto da Geografia. A forma inicial do determinismo esteve ligada à relação entre o clima e o homem. Exemplo de Hipócrates: “Se os asiáticos são hesitantes, sem coragem e de caráter menos belicoso e mais doce do que os europeus, é preciso procurar a causa essencial disso na natureza das estações. Sem sofrer grandes variações, elas são quase todas idênticas. Nessas condições de temperatura, a alma não experimenta essas vivas emoções, essas passagens bruscas de um extremo a outro despertam o espirito do homem e arrancam-no ao estado de preguiça e de insatisfação”.
No medievalismo, o pensamento era o mesmo, ainda entre os árabes, herdeiros da cultura helênica e da oriental que esta assimilara. Na área cristã isso era admitido também como verdade absoluta.
A obra que herdou esse determinismo e levou a limites extremos, foi a de Montesquieu. Aristóteles definiu também: “Os habitantes das regiões frias são cheios de coragem e feitos para liberdade. Aos asiáticos falta energia, assim são feitos para o despotismo e para a escravidão”. Essa noção de clima como temperatura apenas e da influência absoluta do clima sobre o homem, assim, provinda de tempos os mais recuados, chega intacto à cultura do medievalismo em declínio. Do clima, para Montesquieu, dependeriam os costumes: “É nisso que vemos até que ponto os vícios do clima, deixados em grande liberdade, podem acarretar a desordem (...). É o clima que deve decidir as coisas”. O Clima também regularia a politica. O determinismo geográfico de Montesquieu serve-se de outros elementos que não o clima: “O que faz com que haja tantos povos selvagens na América é o fato de seu solo produzir por si próprios muitos frutos com os quais podemos nos alimentar; Os povos que não cultivam a terra não tem a mesma ideia do luxo”.
Ao tempo de Montesquieu, e antes dele, já o abade Dubos, apreciava nada menos que a