geografia

No decorrer dos primeiros capítulos, La Coste explana sobre qual seria a verdadeira função da geografia , pois, segundo ele, a geografia ensinada na escola e na universidade tem como principal função descrever o mundo. Desta forma, por ser uma disciplina empírica, acaba se tornando maçante e sem importância.
Além disso, o autor coloca em questão se a geografia realmente é uma ciência.
Como se sabe, a nossa disciplina acumula elementos do conhecimento de outras áreas dos saberes, como por exemplo, a geologia, economia, pedologia, entre outros. Desse modo por se apossar de outras ciências a geografia poderia perder sua cientificidade. Entretanto isso é uma peculiaridade da geografia, pois não cabe a ela apenas reproduzir, mas também produzir, e como nossa disciplina produz ! A grosso modo, a geografia preocupa-se com a correlação dos fenômenos que ocorrem no espaço,( lembrando que o espaço é o principal objeto de estudo de nossa disciplina). Sendo assim, aquele olhar altamente descritivo, passado pelos professores, apenas mascara a verdadeira identidade da geografia. Para analisarmos a reflexão dessa verdadeira “personalidade” da geografia, basta olharmos para o titulo do livro – “A geografia – isso serve, em primeiro lugar para fazer a guerra” não só serve para a guerra, mas também serve como instrumento para a reprodução de poder, pois através dela conseguimos compreender o espaço, organizar territórios, contudo o autor denominou essa verdadeira geografia, como geografia dos estados maiores, um saber estratégico nas mãos de alguns. Todavia esse verdadeiro saber geográfico como foi dito é apropriado por uma pequena parcela da população, são eles: grandes capitalistas e o Estado. Querendo ou não eles são o maiores produtores do espaço, desta forma a geografia dos estados maiores é um instrumento de dominação, e ela por não ser conhecida por grande parte da população acaba sendo ignorada nas camadas populares, de maneira geral a geografia escolar forma uma