geografia trajet rias
Cátia de Castro Dias
A Geografia que vigorou até pouco tempo atrás, predominou apenas uma concepção conservadora, positivista, do qual a Geografia aparecia apenas como descritiva, sem analisar criticamente a realidade, o meio social existente. Dentro da sala de aula a geografia se manteve distante da realidade, sendo neutra, apenas repassando um conteúdo existente sem qualquer analise, impossibilitando a cidadania, o aspecto critico e de compreensão das relações sociais e o meio.
A natureza aparecia de forma estática, parada, sem qualquer dinamismo. A geografia já aparecia morta para os alunos enquanto disciplina em sala de aula. Aprendia-se memorizando, sofrendo, decorando picos, montanhas, rios, capitais, sem nenhuma analise com a realidade social. Essa geografia acrítica, apolítica que vigorou no Brasil principalmente no período da ditadura militar, década de 60 até 80, limitou todo o pensamento que viesse a contestar a ordem vigente. As disciplinas mais afetas forma História e Geografia, sobre o argumento de que nada acrescentava na vida escolar dos alunos.
O resultado dessa política conservadora foi à abolição das disciplinas História e Geografia e a introdução dos Estudos Sociais, criando-se a disciplina Educação Moral e Cívica, e a Organização Social e Politica Brasileira. O papel da escola, o de elevar a formação moral, intelectual dos alunos foi rebaixada dentro desse governo e de sua política conservadora.
A partir da década de 80, o encontro entre professores da rede estadual e de ensino superior começou-se a esboçar uma nova geografia do qual levava em contra a realidade social, criticando, entendo essas relações de forma a contestar a realidade existente. Apesar das propostas serem inovadoras, porém sua aplicação demorou a acontecer sendo necessário a apresentação dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Média em 1996.
Referencia:
GEBRAN, Raimundo