Geografia economica
O autor faz uma comparação entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos, e descreve que um dos problemas dos países subdesenvolvidos é a desigualdade entre os recursos existentes e as necessidades da população, o qual não é resultante de uma ausência ou de uma insuficiência de recursos, mais de uma fraca utilização dos recursos materiais e da força de trabalho representada pela população.
Todo desenvolvimento econômico e paralelamente a ele o social, implica, com efeito, numa ausência de explotação de recursos brutos e na falta de utilização da capacidade de produção da população. Dentro de um domínio definido, em um determinado momento, o volume e a natureza da produção acham-se subordinados, até certo limite, à existência de condições de produção, que são dados inerentes ao meio físico ou adquiridos através da ação de gerações passadas. As condições de produção só possuem um valor relativo. População, sistemas e técnicas de produção são mais do que condições de produção: constituem os próprios fatores da produção. O sistema e a intensidade de trocas são partes integrantes da economia. Os modos e as relações de produção , assim como as necessidades de ordem técnica, exigem formas particulares de comércio.
No interior dos continentes, as trocas comerciais são, sobretudo, permutas locais e regionais, interessando a produtos de necessidades secundárias, ou a produtos de luxo, enquanto o essencial das necessidades imediatas é fornecido pela autoprodução. Sobre as caracteristicas essenciais do comércio e da circulação na época contemporânea, o autor menciona que a autoprodução, característica da economia rural pré-industrial, só subsiste em estado fragmentado nos países subdesenvolvidos, enquanto o comércio regional e com maior razão, o internacional do período pré-industrial diziam a respeito a produtos de peso leve e elevado valor , pertencendo a maioria a