Genética
MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE: PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO PARA (RE)
ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE
Marcio Costa de Souza
Jairrose Nascimento Souza
Maria Ângela Alves do Nascimento
Paulo da Fonsêca Valença Neto
1.2 DIMENSÕES CONCEITUAIS
A construção de Modelos de Atenção à Saúde, vistos como propostas de intervenção para
(re) organização dos serviços de saúde, tem sido objeto de discussões dentro da Saúde Coletiva, desde
a denominação – modelos tecnoassistenciais, modelos assistenciais e modelos de atenção – até a sua
definição. Entretanto, neste capítulo, optou-se pela denominação “Modelos de Atenção à Saúde”, por
comungarmos com o entendimento das definições de Merhy (2006), Campos (2007), Teixeira (2003) e
Paim (2008a).
Esse tema é de fundamental importância para o campo da saúde coletiva pelo fato de ele
aprofundar na prática e nos saberes, como também investigar as ações que envolvem o sistema de
saúde, bem como, a práxis profissional. Dessa forma, a pesquisa pode contribuir para o crescimento
intelectual e técnico, influenciando tanto a formação acadêmica como a (re) condução das ações dos
profissionais que abrangem o Sistema Único de Saúde no Brasil.
Merhy (2006) concebe modelos de atenção baseando-se na ideia de que qualquer modelo de
atenção à saúde faz referência não a programas específicos, mas ao modo como se constrói a gestão de
processos políticos, organizacionais e de trabalho comprometidos com a produção dos atos de cuidar
– do individual, do coletivo, do social, dos meios, das coisas e dos lugares –, na promessa de construir
Portanto, entende-se que essa construção de saúde parte dos processos políticos,
organizacionais e do trabalho, que, no seu conjunto, favorecem o ato de cuidar, tanto individual, como
coletivo, acreditando num processo amplo e complexo na constituição da saúde de uma população.
Para Campos (2006a, p. 38), é possível a