gente que é gente
Acho tão chato essas pessoas produzidas em série, esse povo meio “Ford T”. Que aderem tanto as reações impostas pela sociedade que acabam, pois, perdendo a essência do “ser diferente”. Preocupam-se tanto em não demonstrar fraqueza e não demonstram nada.
O que me fascina são as pessoas que tem rompantes de emoção, que não conseguem esconder um surto de sentimento. Acho lindo pessoas que choram quando querem chorar, seja pelo motivo que for. Gente que é gente, sabe?, Gente boa é gente que fala alto sem querer no meio do restaurante, e logo retoma do volume em que parou. Que gritam quando estão sozinhas – de fúria ou de felicidade, pelo alívio de tirar aquele sapato que apertou o dia inteiro, pelo ódio mortal do chefe ou pela mensagem linda do paquera.
Satisfação maior não existe do que ver aquelas que riem o equivalente a mil abdominais, numa risada descompassada, com falta de ar e lágrimas nos olhos, melhor ainda se for em um momento onde é proibidíssimo ser muito feliz. Quem nunca esboçou um sorriso ao ver o outro gargalhar, mesmo sem conhecer.
Personalidade, gênio, opinião e atitude, tem combo mais sexy? Tem coisa mais a vontade e libertadora do que falar um palavrão quando pode? Porra, eu adoro gente que não está nem aí pra cara feia. E nada me deixa mais admirada do que alguém expressar uma ideia e ser convicto do que fala, bate o pé e argumenta com propriedade, sofro de amor por gente assim.
Eu gosto tanto de gente que despenteia o cabelo e não corre pro espelho pra arrumar, passa a mão de leve e está tudo bem. Que perde um brinco e continua a viver normalmente aquele momento, eu sei que dói perder um brinco, mas a vida não pode parar. Delícia de gente que usa tênis quando quer usar e desce do salto, e, relaxa. Gente boa é gente que borra o rímel. Gente que chega em uma festa com um batom vermelho e sai “cor de boca”, nem que seja a cor da boca de alguém.
Pessoas que cometem erros… Ah, eu as adoro, tanto quanto pessoas que