gente
26 de dezembro de 2012 Filled under Newsletter, Notícias
2 Comentários
Gigantes da mineração como a Vale SA e a britânica Anglo American PLC estão se esforçando cada vez mais para extrair minerais da floresta amazônica brasileira, apostando alto numa das regiões mais remotas e de meio ambiente mais sensível do mundo.
Ao todo, as mineradoras vão investir cerca de US$ 24 bilhões entre 2012 e 2016 para aumentar a produção de minério de ferro, bauxita e outros metais encontrados na bacia do Amazonas, segundo o Instituto Brasileiro de Mineração. O Brasil já recebe hoje um quinto dos investimentos em mineração no mundo, e a Amazônia representa para muitos o maior potencial ainda inexplorado do país.
“A Amazônia será a nossa Califórnia”, disse Fernando Coura, presidente do Ibram.
A iniciativa das mineradoras na Amazônia se encaixa na estratégia mais ampla do governo brasileiro de aproveitar os recursos da floresta para impulsionar o crescimento econômico. A construção de hidrelétricas nos rios da Amazônia, a melhora das estradas que vão até municípios distantes e a expansão da rede de energia elétrica também são partes desse novo avanço sobre a Amazônia. Mudanças na lei e empréstimos do governo ajudarão a abrir caminho para mais minas na região.
Os ambientalistas receiam que o surto de desenvolvimento possa acelerar o desmatamento e pressionar as pequenas comunidades da região, com milhares de trabalhadores das minas sobrecarregando a infraestrutura e os serviços locais. Já os cientistas dizem que preservar aquela que é a maior floresta e o maior absorvedor de carbono do mundo é vital para o equilíbrio do clima do planeta e para a sobrevivência de cerca de um décimo das suas espécies.
Embora menos árvores precisem ser arrancadas para a mineração na Amazônia do que para outras atividades, como a pecuária, as estradas construídas para servir as minas podem acelerar o desmatamento ao facilitar, por