Os turcos alegam uma "traição armênia" depois de uma relação entre turcos e armênios de 600 anos sob o Império Otomano. De fato, havia uma convivência de seis séculos, mas sem um final feliz para um dos lados. Armênios possibilitaram o progresso cultural, econômico e político do Império Otomano. Além disso, os conselheiros dos maiores Sultões Otomanos foram sempre armênios já que, por serem antigos habitantes da região, possuíam conhecimentos estratégicos avançados. O Império foi gradativamente perdendo território europeu, o que levou as autoridades otomanas a reforçar a única coisa que as restava: a Ásia Menor. Para tanto, traziam o plano Pan-turânico de reunir em um só território um amplo cinturão imperial de povos de origem turco-mongol (Tadjiquistão, Uzbequistão e outros). Voltariam à grande raiz. O obstáculo era os antigos habitantes e conhecedores ancestrais da área: os Armênios, que no começo do século XIX encontravam-se lendo idéias iluministas provenientes da Europa, que propunham pra população a autonomia que haviam obtido países como à Bulgária. Altos impostos, tratamento desigual, saques constantes e outras situações começaram a fazer parte do cotidiano dos armênios, que já não suportavam mais ser considerados cidadãos de segunda classe em sua própria terra. As rebeliões começaram a ser sufocadas com a matança, que culminou num plano de extermínio planejado cuidadosamente pelo governo dos chamados Jovens Nacionalistas Turcos. Não se pode dizer um número exato das causas do Genocídio Armênio, por mais que hoje a responsabilidade se de a Republica Turca, naquele momento não só turcos e armênios viviam no Império, havia também curdos, circassianos e até mesmo os judeus sefarditas, que demonstravam crescente interesse a respeito do que ocorria, os hábitos armênios desapareceriam cultural e economicamente do Império. Desde o Sultão Abdul Hamid II, passando pelo Triunvirato Itthad, até Mustafá Kemal: O Genocídio Armênio de 1880-1923. Os