HANSENÍASE: ASPECTOS CLÍNICOS A Hanseníase é uma doença humana, endêmica no Brasil, antigamente conhecida como lepra. É uma patologia infecciosa crônica causada pelo Bacilo de Hansen e classificado como Mycobacterium leprae. Essa doença atinge nervos periféricos e pele, principalmente de membros superiores e inferiores, possui grande potencial incapacitante e deformante para o portador do bacilo. Sua transmissão se deve ao convívio com portadores contagiantes sem tratamento, através da inalação de bacilos eliminados nas secreções ou penetração do patógeno pela pele. Como qualquer outra patologia, a Hanseníase apresenta alguns aspectos clínicos, tais como: manifestação de manchas de aparecimento lento e progressivo na pele, resultando em modificação da sensibilização ao calor, a dor e ao tato. Em casos mais avançados a doença se difunde e a pele fica infiltrada (edemaciada, inchada) principalmente nas mãos pés, face e lóbulos da orelha, surgindo hansenomas (nódulos) em vários locais. As lesões nos nervos periféricos causam formigamento, dor e choque nos membros, diminuição ou perda da força muscular das mãos e pés. A Hanseníase também apresenta episódios inflamatórios, denominados reações hansênicas; que são manifestações do sistema imunológico que acontecem em presença do Mycobacterium leprae causando períodos de inflamação aguda, que é a resposta usual do organismo à infecção, sendo suas características típicas: edema, calor, rubor, dor e perda da função. Esses eventos não tratados adequadamente evoluem para incapacidades importantes, que são a grande causa de isolamento do paciente pela sociedade. Segundo o Ministério da saúde, o diagnóstico da Hanseníase se baseia em: lesões na pele com alterações de sensibilidade, espessamento de tronco nervoso ou baciloscopia positiva na pele. Ressalta-se que nós Enfermeiros devemos estimular campanhas para que resultem em uma redução do número de casos e explicação sobre o tratamento, contribuindo assim