Genero textuais
De acordo com Adam (2008), a sequência descritiva apresenta-se menos autônoma e menos marcada do que as demais sequências. Esta sequência não possui uma ordem muito fixa, e assim não apresenta uma estrutura estática, mas sim operações de descrição. Um ponto interessante que o estudioso ressalta a respeito da sequência descritiva, é que esta possui um valor ilocucionário, pois a descrição de um objeto, fato ou dado, é feita por um sujeito, e sendo assim esta descrição não se configura de maneira objetiva, há uma atitude subjetiva na maneira de descrever, há, portanto, um ponto de vista.
No que diz respeito à composição de uma sequência descritiva, independente dos objetos descritos ou da extensão da descrição “a aplicação de um repertório de operações de base gera proposições descritivas que se agrupam em períodos de extensão variável, ordenadas por um plano de texto”. (ADAM, 2008, p. 216) São as operações de base que acabam formando e caracterizando uma sequência como descritiva. Vejamos como Adam denomina essas operações.
Comecemos com as Operações de tematização, que consiste na operação que define o tema, o objeto, a unidade que será descrita. A tematização em um texto pode aparecer de três maneiras: 1) Pré-tematização ou ancoragem corresponde a uma determinação imediata do objeto que será descrito. Primeiro apresenta-se o objeto, e depois a sua descrição. 2) Pós-tematização ou ancoragem diferida representa uma determinação adiada do objeto. O “nome” do objeto aparece somente no fim da descrição. 3) Retematização ou reformulação diz respeito a uma nova denominação do objeto, que o redefine. A retematização implica a existência de uma primeira nomeação para um objeto, e ao longo do discurso apresenta uma reformulação deste objeto, que implica um novo nome.
Estes são os três modos de operações de tematização.
Fazendo parte da descrição há também as Operações de aspectualização que se apóiam