Gases
A biosfera pode ser entendida como a porção da Terra que abriga a biodiversidade do planeta — os milhões de espécies de seres vivos existentes. Toda a biodiversidade conhecida e catalogada pela ciência em uma classificação na Biologia. E essa tendência para classificar seres vivos — bem como não vivos, reais e imaginários — remonta à Pré-História. Aos poucos, nossos ancestrais aprenderam a diferenciar, por exemplo, as plantas comestíveis das venenosas, os solos férteis dos estéreis, os metais mais apropriados para a confecção de utensílios e armas. Ao longo da História, o ser humano aprendeu que a prática de classificar seres e objetos facilita a manipulação e a compreensão das entidades classificadas, além de permitir que seu estudo seja compartilhado entre pessoas, constituindo um eficiente método de comunicação. No caso dos seres vivos, apenas em 1758 se chegou a um sistema universal adequado — o sistema binominal de nomenclatura —, elaborado pelo médico botânico sueco Karl von Linné (1707-1778), ou simplesmente, como é mais conhecido por nós, Lineu. O ramo da Biologia que trata da descrição, nomenclatura e classificação dos seres vivos denomina-se sistemática ou taxonomia. A tentativa de sistematizar o mundo vivo é muito antiga e os critérios empregados pelos naturalistas variavam muito. Alguns classificavam em voadores e não-voadores, tomando por base a locomoção; outros os classificavam em aquáticos, aéreos e terrestres, tomando por base o hábitat. Esses sistemas de classificação que utilizam critérios arbitrários, são chamados sistemas artificiais. Eles não refletem as semelhanças e diferenças fundamentais entre os seres vivos. Atualmente, os sistemas de classificação consideram um conjunto de caracteres relevantes, os quais permitem verificar as relações de parentesco evolutivo e estabelecer a filogenia dos diferentes grupos, ou seja, estabelecer as