gases toxicos
Estruturas para Armazenagem de Grãos
ESTRUTURAS PARA ARMAZENAGEM DE GRÃOS
Juarez de Sousa e Silva
Adílio Flauzino de Lacerda Filho
Roberta Martins Nogueira
Ricardo Caetano Rezende
1. INTRODUÇÃO
Em países como França, Argentina e Estados Unidos, a capacidade estática de armazenagem nas fazendas varia de 30 a 60% das suas safras. No Brasil, estima-se que esta capacidade corresponda a 3,5% da produção total de grãos. Contribuem para este baixo índice o fator econômico, a pouca difusão da tecnologia gerada e/ou adaptada e a falta de planejamento global da estrutura armazenadora.
Nos países citados, a seqüência do sistema de armazenagem tem origem na fazenda e evolui para os sistemas coletores, intermediários e terminais. No Brasil ocorre o contrário, considerando que a estrutura de armazenagem evolui dos sistemas coletores para os intermediários e terminais, geralmente representados pelas cooperativas, resultando numa atividade tipicamente urbana.
O armazenamento na fazenda constitui prática de suma importância tanto para complemento da estrutura armazenadora urbana quanto para minimizar perdas quantiqualitativas a que estão sujeitos os produtos colhidos. Sabe-se que, no Brasil, dependendo da região, as perdas podem atingir 30% ou mais e são ocasionadas pelo ataque de pragas, devido à inadequação de instalações e à falta de conhecimentos técnicos adequados.
As primeiras referências oficiais sobre armazenagem nas fazendas datam de
1900, o que evidencia as preocupações brasileiras com o problema, que persiste até o momento. Mesmo com a instituição do Programa Nacional de Armazenagem PRONAZEM, em 1975, disponibilizando linhas de crédito com a finalidade de ampliação da capacidade armazenadora brasileira, nos diversos níveis, o armazenamento na fazenda não teve aumento significativo. Grande parte dos grãos retidos nas fazendas tem a finalidade, quase exclusiva, de subsistência, sendo
Secagem e Armazenagem de Produtos