Gases toxicos
Características de funcionamento:
Como foi utilizado durante a primeira guerra:
Fontes da pesquisa:
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GASES QUÍMICOS: ATÉ RESPIRAR TORNOU-SE UM RISCO DE VIDA
Quando nuvens coloridas se aproximavam dos palcos da batalha, gongos e matracas avisavam os combatentes da ameaça trazida pelo vento: os gases tóxicos. Respirando lentamente, os soldados revezavam os equipamentos de proteção. Eram momentos de muita tensão, afinal até respirar tornava-se risco de vida. Os agentes venenosos cobriram as trincheiras durante quase toda a I Guerra. O conflito batizou o uso sistemático de armas químicas. Entre 1915 e 1918, foram produzidas 113 mil toneladas de gases, como cloro, mostarda e fosgênio. O resultado não poderia ter sido mais assustador: quase 90 mil mortos e mais de um milhão de feridos.
Os alemães são os pais da guerra de fato, embora os franceses tenham usado gás lacrimogênio antes. A inauguração das investidas com gases venenosos aconteceu assim: em 22 de abril de 1915, em Ypres, na Bélgica, uma névoa verde-cinzenta começou a soprar em direção às linhas das tropas aliadas. Desesperados, milhares de soldados tentaram escapar, deixando armas e mochilas para trás. Outros milhares se arriscaram com máscaras improvisadas. Psicologicamente. O ataque cruel dos germânicos foi um sucesso. Os inimigos desertaram em massa, deixando mais de 6 km de território livre para o avanço alemão. Fritz Haber, chefe do serviço de guerra química germânica, dirigiu pessoalmente o ataque com o cloro gasoso. Em 1918, ele ainda seria premiado com o Prêmio Nobel de Química.
Os aliados, em resposta ao ataque alemão, decidiram investir em agentes tóxicos. Com isso uma arma mais potente começou a ser testada nos campos de batalha: o fosgênio. Traiçoeiro, não provocava efeitos mediatos, mas matava soldados até 48 horas após a inalação. Ainda em 1915, os franceses criaram granadas de fosgênio, que não dependia mais de bons ventos para atingir o inimigo.