Garrafa de Leyden
A garrafa de Leyden foi a invenção precursora de uma das mais importantes peças utilizadas nos circuitos atuais: o capacitor. A sua função é armazenar cargas
Como a garrafa de Leyden, um capacitor nada mais é do que um arranjo de dois materiais condutores de tal forma que ambos tenham a mesma quantidade de carga, porém com sinais opostos. Entretanto, os metais devem permanecer separados por um material não condutor a fim de que não haja transferência de elétrons entre eles. A capacidade de armazenar cargas, chamada de capacitância, depende crucialmente das propriedades deste material isolante.
Embora a eletricidade estática e o magnetismo fossem conhecidos desde a antiguidade, foi somente no século dezoito, durante o Iluminismo, que a eletricidade se constituiu em uma verdadeira “febre” contagiando, os cientistas, que desejavam descobrir os seus segredos, e divertindo a nobreza da época. Neste período, acreditava-se que a eletricidade era um tipo de fluido que se movia por dentro da matéria. A máquina criada por Von Guericke no século XVII (ver no MF 19, pág. 7), permitiu a “extração “de uma quantidade satisfatória desse fluido da matéria.
Após a descoberta, os cientistas desenvolveram diversas variações da máquina de Von Guericke e usando esses geradores descobriram algumas propriedades elétricas, mas a descoberta da eletricidade que conhecemos hoje, capaz de deslocar-se através de centenas ou milhares de quilômetros, ainda estava por vir. Na construção dessa história, faltava um aparelho que fosse capaz de armazenar o “fluido elétrico” E. porque não armazená-lo em uma garrafa? Armazenar eletricidade em uma garrafa pode parecer loucura, mas dá certo.
Em 1745, Ewald Von Kleist, na Alemanha, criou, utilizando um vidro de remédio forrado com metal, um aparelho capaz de armazenar eletricidade de tal maneira que, quando se descarregava, produzia uma centelha suficientemente grande para acender uma quantidade de álcool. No entanto,