Gandhi
Por: Prof. Walmer Monteiro Chaves
I EnFEFE - Encontro Fluminense de Educação Física Escolar.
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Introdução
O que desencadeou o presente trabalho, foi minha observação a respeito de alunos que não participam das aulas de Educação Física. Comecei a me interessar por esses alunos e a buscar respostas do porquê dessa não-participação.
Após perguntar informalmente para alguns desses alunos o motivo que levava à não-participação nas aulas, pude perceber que estavam ligados à necessidades básicas (fisiológicas, segurança, afetivo-sociais, estima, auto-realização), diretamente relacionadas a aspectos motivacionais.
A Teoria de Motivação de Maslow (1954) foi escolhida como centro de referência para este trabalho, tentando assim, a luz desse conhecimento, analisar situações práticas que ocorrem na ação didático/pedagógica, que provocam, muitas vezes, por desconhecimento, marginalização de alguns alunos do processo ensino-aprendizagem.
Participação e Não-participação (Marginalidade)
Bordenave (1992) coloca a participação como uma necessidade fundamental do ser humano. Através dela o indivíduo realiza, faz coisas e explora o mundo, interage com pessoas, desenvolve o pensamento reflexivo e sua auto-expressão, cria e recria coisas e se valoriza perante os outros.
"Nesse sentido, a frustação da necessidade de participar constitui uma mutilação do homem social. Tudo indica que o homem só desenvolverá seu potencial pleno numa sociedade que permita e facilite a participação de todos. O futuro ideal do homem só se dará numa sociedade participativa." (id, 1992, p. 17)
Marginalidade significa estar fora, às margens de um processo sem nele intervir. Porém, até que ponto alguns professores e alunos não marginalizam outros, apenas por não terem habilidade para prática desportiva e por outros aspectos, tais como: altura, sexo, obesidade/magreza, idade e pequeno desempenho em determinadas