Galinha 1
Durante um longo período, o segmento de caldos de galinha para enriquecer o sabor de alimentos no Brasil, com produtos vendidos na forma de tabletes, foi explorado e disputado por duas grandes marcas: o caldo Maggi e o caldo Knorr, marcas também concorrentes no segmento de caldos de carne com a mesma finalidade e de sopas semi-prontas, bastando o acréscimo de água e a fervura, para seu preparo.
Com produtos semelhantes, sem diferenciais identificáveis, oferecendo os mesmos benefícios para o consumidor, quais fossem: o enriquecimento do sabor e a utilização na preparação de vários tipos de alimentos, essas duas marcas brigavam dia a dia, em todos os aspectos do mix de marketing, por cada ponto percentual de participação de mercado e por cada unidade vendida a mais. Até mesmo as estratégias de comunicação eram semelhantes e as únicas diferenças eram as marcas, slogans e os nomes dos fabricantes; assim vinham ambas:
Ressaltando o cuidado com a qualidade dos produtos, a seleção das galinhas, fonte de matéria-prima, e o sabor que proporcionam aos alimentos;
Disputando cada ponta de gôndola e os espaços para colocação de material no ponto-de-venda, este sempre agressivo e impactual;
Mantendo rigorosa distribuição, não deixando faltar produto e explorando os mesmos tipos e formas de canais.
Coube à Nestlé e a sua agência de propaganda, a Norton Publicidade, encontrarem uma estratégia de comunicação inteligente, criando um diferencial para os caldos de galinha Maggi, a partir de uma idéia simples e criativa: “se ambas as marcas exploram a galinha por ser um dos fatores que mais influenciavam a decisão de compra, porque não desenvolver um símbolo diferente baseado nela? Por que não criar a ‘Galinha Azul”, uma galinha nobre, que, além de ser especial (sangue azul), ainda pudesse, pelas suas características, proporcionar um excelente