Gado Leitero
Não se sabe com exatidão qual a primeira exploração de terras no município de São Domingos. A região foi desbravada por Teodósio de Oliveira Ledo, seus irmãos e seus filhos, a exemplo da maioria das cidades do sertão paraibano. Naquela época não era fácil a fundação de uma fazenda ou sítio. Segundo o historiador Wilson Nóbrega Seixas, construía-se um curral para criação de gado, de madeira pau a pique, junto do qual se erguia uma casa de taipa para moradia do vaqueiro encarregado de cuidar do rebanho, que começava no mínimo com três novilhas e um touro.
Nos primeiros tempos não eram os próprios sesmeiros que dirigiam e difundiam as fazendas e sítios, e sim, o vaqueiro bravo que arriscava a própria vida enfrentando animais selvagens, bem como tribos indígenas Panatis, Pegas, Coremas e outros valentes e ferozes.
Com a quase extinção dos indígenas e a catequese dos restantes, vieram os proprietários a fixar sua residência nas suas terras e daí nasceu a “Casa Grande”, poderoso foco de irradiação. Em seu arredor agrupavam-se as choupanas dos vaqueiros e dos agregados, que ouviam cegamente a palavra do morador da “Casa Grande”, formando-se assim, a mentalidade de direção cujas bases se firmaram as realidades políticas-sociais do Nordeste. o dono da “Casa Grande” era orientador da população, o defensor dos seus interesses. Em torno das fazendas é que nasceram as povoações. Era a civilização do couro, de que nos fala Capistrano de Abreu. Formava-se condição indispensável para quem queria sesmaria, que construísse um curral de gado em cada légua dentro do prazo de um ano. O regime latifundiário adotado pela família Oliveira Ledo, não impediu que outros colonos fundassem fazendas e sítios.
O arraial de Formiga a Teodoro Alves de Figueredo, sobrinho de Teodósio; São Lourenço pertenceu a Vicente Carvalho de Azevedo; Boa Vista a Jacinto Alves de Figueredo, cunhado de Teodósio de Oliveira Ledo, herança do seu sogro Custódio de Oliveira