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* Aumento do número de pessoas vivendo sozinhas eleva a procura por imóveis reduzidos
O percentual de casas no Brasil com apenas um morador aumentou de 8,6% em 2000 para 12,2% em 2010, de acordo com dados do último Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os valores correspondem aproximadamente 7 milhões de pessoas. Entre as cidades, Porto Alegre é a que mais possui unidades domésticas com um único habitante: 21,6% do total. Segundo a pesquisa, esse crescimento na última década é consequência de um fenômeno característico dos grandes centros urbanos, onde as pessoas tendem a envelhecer mais. A elevação da expectativa de vida, por exemplo, leva muitos idosos a viverem sozinhos e não mais dividirem suas casas com parentes. Além disso, o aumento médio da renda particular, a verticalização das cidades, a diminuição do tamanho das residências, a maior facilidade de financiamentos, e ainda o crescimento das separações conjugais também são apontadas como razões para a elevação das residências unipessoais. N os últimos cinco anos, os divórcios no País subiram 75%, passando de cerca de 80 mil para 140 mil registros anuais. Ainda segundo o IBGE, outras mudanças apontam para uma diminuição cada vez maior dos lares brasileiros. Enquanto o percentual de domicílios com cinco ou mais integrantes caiu para 10,6%, os casais que não possuem filhos já representam 17,1% das famílias no Brasil.
Impacto
A mudança de perfil aumentará a competição entre unidades compactas e as empresas precisarão desenvolver novos atrativos de venda.
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Com a maior demanda por imóveis pequenos, geralmente até 55 metros quadrados, as construtoras terão que desenvolver projetos e estratégias específicas para esse público que sejam mais atraentes do que as da concorrência. Veja alguns exemplos a seguir. * Plantas adaptáveis e com opções multifuncionais, favorecendo um melhor aproveitamento dos espaços