A Física na Medicina 1. Primeiras Aplicações - Uso do Microscópio As primeiras aplicações da física aplicada à medicina envolvem o uso do microscópio. A invenção e o aperfeiçoamento desses instrumentos possibilitou a exploração de regiões inacessíveis à nossa visão. Grande progresso alcançado pela biologia está relacionado com os aperfeiçoamentos introduzidos no microscópio. O microscópio eletrônico torna acessível a observação direta de níveis de estrutura mais finos do que antes, e revela aspectos que nem se suspeitava que existissem. Como resultado, a nossa compreensão da organização dos tecidos vegetais e animais foi muito ampliada, e muitas das nossas idéias a respeito da construção e função celulares foram radicalmente alteradas. Com o passar dos tempos, o microscópio eletrônico possibilitou enxergar microorganismos com maior definição, e com um grande avanço na medicina, foi aplicado nos estudos das patologias. Com isto foi se conhecendo melhor os microorganismos: como eles se organizavam, e como os mesmo nos atingiam, se eram prejudicial à saúde e de que forma eles se manifestavam em nos corpo. Com este conhecimento foi então possível a fabricação de antibióticos e mais tarde das vacinas, que continua até hoje prevenindo e combatendo muitas doenças. 2. O uso do Ultra-som O ouvido humano não consegue perceber sons tanto de baixa quanto de alta frequência, estes de alta frequência são denominados ultra-sons. O físico P. Lébédev foi o primeiro a utilizar os ultra-sons, e chamou a atenção para o fato de que a extinção dos sons de muito alta frequência têm um limite à sua propagação no ar. Calculou que os sons de uma frequência de 5 milhões de vibrações por segundo praticamente não se propagariam no ar, se extinguiriam na própria fonte das vibrações. Todos os métodos de diagnose médica que usam ondas ultra-sônicas se baseiam na reflexão do ultra-som nas interfaces, ou no efeito Doppler produzido pelos movimentos dentro do corpo.