fé x Razao
Sérgio Biagi Gregório SUMÁRIO: 1. Introdução. 2. Conceito. 3. Histórico. 4. A Fé: 4.1. Fé Religiosa; 4.2. A Fé Humana; 4.3. Fé Divina. 5. Razão: 5.1. Inversão de Valores; 5.2. Iluminismo; 5.3. Razão e Ciência. 6. Fé e Razão: 6.1. Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino; 6.2. Fides et Ratio; 6.3. Razão, Fé e Espiritismo. 7. Conclusão. 8. Bibliografia Consultada.
1. INTRODUÇÃO
Da antiguidade, passando pela Idade Média e alcançando a Idade Contemporânea, a fé e a razão é um tema bastante controverso. Por quê? Mas o que é a fé? E a razão? Podemos conciliar fé e razão? Como?
2. CONCEITO
Fé. Do latim fides. O termo é empregado em muitas acepções que poderiam ser divididas em profanas e religiosas. No sentido profano, significa dar crédito na existência do fato, fazer bom juízo sobre alguém, expressar sinceridade no modo de agir etc. Quando o testemunho no qual se baseia a confiança absoluta é a revelação divina, fala-se de Fé no seu sentido religioso. A Fé, neste sentido, não é um ato irracional. Com efeito, o espírito humano só pode aderir incondicionalmente a um objeto quando possui a certeza de que é verdadeiro. (Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo)
Razão significa a faculdade de "bem julgar". Tem relação com o raciocínio discursivo. É conhecimento natural enquanto oposto ao conhecimento revelado, objeto da fé.
3. HISTÓRICO
Há duas correntes de pensamento que se cruzam: cristianismo e filosofia grega. Na antiguidade clássica grega prevalecia a filosofia e o pensamento, calcado na razão.
Na Idade Média prevaleceu a teologia, que é a fé na revelação. A filosofia era considerada a ancilla theologiae (“serva da teologia”). Embora os medievais fossem mais teólogos do que filósofos, eles se esforçaram muito para encontrar uma síntese entre a fé e a razão.
No final da Idade Média, este equilíbrio se rompe e a filosofia torna-se independente da fé e da revelação. É o aparecimento do iluminismo, em que tudo deveria ser explicado