Futuro
O passado não reflete em meus olhos
Que observam estes campos infinitos
Talvez as cores deste verde prado
Tornem os olhos que o observam, mais bonitos
O vento rege o pensamento que divaga
Por lembranças –quisera esquecidas-
Morre a lágrima em meus frios lábios
Na sua queda minha alma se apaga
Já não se vêem campos, nem prados... Nada!
Cerro os olhos e os aperto em busca
De algum fato, uma lembrança mais pura
Mas estou sozinho a vagar pela calçada
Descalço a percorrer pelas ruas
A noite chega nua de cores
Se faz hostil e açoita minha pele
Será que na lua se esconde a resposta, será que a admiro até que se revele?
Estou perdido e já sinto a chegada,
Da fria bruma da madrugada
Nenhuma lembrança mais pura se encontra
E no fracasso minha alma se apaga...
Já não se vêem campos, nem prados... Nada!
Sobrevivi ao relento tardio
E segui um caminho desconhecido
Analisando as nuances destes acontecimentos
Ainda vago...Perdido.
Algo elevou meu olhar umbroso
Às margens de um rio calado
Ergueu-se algo tão sublime
Indescritível, iluminado.
Pensei ver um ser undícolo
Era só alguém, eu estava errado
Aquele ser mostrou-me um livro
Na capa, meu nome grafado
Nas páginas, relatos de pura amargura
Lembranças do meu passado.
Chorei ao ver novamente os fatos,
Que em meus caminhos buscava esquecer
E perguntei-lhe sob o fim do livro.
Estava em branco. O que eu iria fazer?
Ele disse-me com sabedoria:
O futuro a ti pertence, e dele, cabe a ti saber
Por isto, toma tua coragem, pinta tuas paisagens
Levanta teus olhos
E põe-se a