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Pedagogia do Oprimido
Maiko Antonio Expedito Soares, R.A 312.001.
1º Modulo, Educação Física Licenciatura.
São Miguel Arcanjo – 2012 – Maria do Rosário
PEDAGOGIA DO OPRIMIDO
Introdução.
A Pedagogia do Oprimido resulta, como o próprio autor afirma, de um trabalho desenvolvido na década de 60, tanto no Brasil como no Chile. As determinantes políticas da época, por certo, eram bem diversas (tanto nestes países como no restante do mundo) das que hoje presenciamos. A queda do muro de Berlim, o desmoronamento do império soviético foi, sem dúvida, dois marcos posteriores a esta obra. Estará a Pedagogia do Oprimido defasada? Estarão as ideias e propostas do trabalho pedagógico proposto por Freire prejudicado pelas mudanças ocorridas neste período? Ou, pelo contrário, a sua pedagogia dialética é ampla e comporta perfeitamente tais fatos? A leitura do livro do prof. Paulo Freire foi realizada com esta preocupação: afinal, se as ideias e propostas contidas no livro prendem-se a uma perspectiva humanista e socialista de vida e hoje o mundo acha-se dominado pela ascensão do ideário neoliberalismo e pela valorização do mercado, como conceber hoje uma postura humanista radical? É impensável analisar o pensamento de Freire, especialmente a Pedagogia do Oprimido, sem situá-lo no tempo e no espaço: na época em que foi escrito, o mundo ainda vivia sob o dilema da “guerra fria” – a polaridade Leste-Oeste, e os povos latinos americanos amargavam quase todos, governos totalitários, de cunho militarismo e orientação direitista. E Freire foi uma dos milhares de vítimas da perseguição política, decorrente da falta de liberdade democráticas a que foi submetido o povo brasileiro. Se ocorrerem tantas mudanças no mundo, se hoje presenciamos um movimento mundial orientado para uma ordem liberal, da qual o Brasil não é exceção, cabe perguntar: as condições objetivas de vida do povo