Futebol Feminino no Brasil

As jogadoras brasileiras vivem em uma contradição inexplicável. Embora a seleção brasileira de futebol feminino esteja relativamente bem colocada no ranking mundial da FIFA (6ª colocada) e de contar com a melhor jogadora de futebol do mundo por 5 vezes consecutivas, as nossas meninas sofrem o descaso da mídia, dos investidores e do público brasileiro.

Veja as possíveis razões que fazem a modalidade feminina ser pouco acompanhada pelos amantes do futebol:

# Preconceito
Embora em outros países as mulheres tenham apoio o suficiente para a profissionalização do esporte, no Brasil um tabu ainda prevalece. Tradicionalmente o futebol é considerado um esporte unicamente masculino, onde a virilidade e a masculinidade são simbolizadas pela rivalidade, pelo contato físico e pela força. Essa cultura está enraizada na sociedade como um todo, e a quebra desse tabu pode ser uma luta que dure décadas pela frente.

# Discrepância física
Obviamente, a capacidade de resistência e força física das mulheres é inferior à masculina. Os amantes da bola estão acostumados com o jogo de contato e de força física do futebol masculino, e muitas vezes esperam que as mulheres exerçam um desempenho semelhante. Talvez estejam exigindo demais e esse é um dos grandes obstáculos que o futebol feminino enfrenta.

# Cadência, velocidade e ritmo de jogo
Muitos alegam que o futebol feminino é chato por ser mais lento do que o masculino. Como os homens são maiores e mais fortes fisicamente, consequentemente a dinâmica do jogo se torna mais intensa. Alguns especialistas sugerem que a redução das dimensões do campo e até mesmo do tamanho das traves, pode contribuir para que as mulheres possam ter um desempenho mais veloz, proporcional à capacidade física feminina.

# Falta de divulgação e mídia
Muitos acreditam que a desvalorização ocorre pela pouca exposição da modalidade feminina em TV aberta no Brasil. Não existem campeonatos e competições estáveis para a modalidade no calendário do