Estimativa de reserva
9.1 INTRODUÇÃO
O conhecimento da quantidade de fluido existente em uma jazida de petróleo, ou mais especificamente da quantidade de fluido que pode ser extraída, desempenha um papel fundamental na decisão de se implantar ou não um projeto explotatório. Os investimentos necessários para a implantação do projeto, assim como os custos para manter o projeto em operação, devem ser pagos com a receita obtida com a comercialização dos fluidos a serem produzidos.
Denomina-se Estimativa de Reservas a atividade dirigida ao cálculo dos volumes de fluidos que podem ser retirados do reservatório até que ele chegue à condição de abandono. Essa estimativa dos volumes a serem produzidos são feitas não só por ocasião da descoberta da jazida como também ao longo de sua vida produtiva, à medida que são obtidas mais informações a respeito da mesma.
Não existe uniformidade plena de critérios sobre definição, classificação e métodos de estimativas de reservas petrolíferas. Normalmente as empresas de petróleo estabelecem os seus próprios critérios e normas, de modo a garantir uniformidade nas suas estimativas e adequação ao planejamento e gerenciamento da empresa. Entretanto, cada vez mais as empresas tendem a se basear nos critérios dos códigos internacionais da SPE1 e da SEC2, de modo que as suas reservas possam ser reconhecidas (certificadas) por instituições internacionais e comparadas com as de outras empresas e países.
9.2 DEFINIÇÕES
Antes de dar prosseguimento ao estudo de diversos métodos de estimativas de reservas é conveniente conhecer algumas definições com ele relacionadas.
Volume Original - quantidade de fluido existente no reservatório na época da sua descoberta. Para uma acumulação de hidrocarbonetos no estado gasoso dá-se o nome de volume original de gás. Para a mistura de hidrocarbonetos no estado líquido dá-se o nome de volume original de óleo.
Volume Recuperável - óleo ou gás que se espera produzir de uma acumulação