Fusão nuclear
As origens da investigação em fusão remontam aos estudos sobre a estrutura atômica e ao desejo de compreender a fonte de energia das estrelas. No final dos anos 20, Atkinson e Houtermans sugeriram que a radiação solar poderia ter como origem reações termonucleares, e uma década mais tarde foi postulado o ciclo de fusão nuclear para a produção de energia no Sol. Em 1932 Rutherford, Walton e Cockroft detetaram a captura de um próton pelo Lítio 7, decompondo-se em duas partículas alfa e libertando energia. Dois anos mais tarde, Rutherford, Oliphant e Harteck conseguiram efetuar a fusão de dois deuterons que se transformam em hélio 3 e um neutron, ou em trítio e um proton (libertando-se energia em qualquer das reações). A investigação em fusão nos Estados Unidos e na URSS teve as suas raízes na pesquisa militar sobre energia atômica efetuada durante e após a segunda guerra mundial. O contexto era a guerra fria, sendo a fissão nuclear a “sensação do momento” já que tinha sido a explicação para a potente bomba atômica lançada pelos Estados Unidos contra o Japão na Segunda Guerra Mundial, comediram estudos para descobrir esse novo modo de liberação de energia. As pesquisas foram iniciadas em Los Alamos, território americano e os objetivos de descoberta nessa área eram exclusivamente bélicos. Talvez a principal motivação para a exploração dessa área tenha sido a intenção de construir uma “superbomba”: uma bomba ainda mais forte que a bomba atômica que funcionaria à base da fusão nuclear. Uma das