Funções da pele humana
Função Protetora
Em primeiro lugar, a pele desempenha uma função protetora que impede, até certo ponto, a passagem de microorganismos, substâncias químicas e agentes físicos nocivos para o interior do organismo, contraria as perdas excessivas de líquidos e outras substâncias do corpo e ajuda igualmente na manutenção do meio interno. Esta função é proporcionada tanto pela constituição das diferentes camadas cutâneas como pelo manto ácido e gordo que reveste a sua superfície, essencialmente formado pelas secreções produzidas pelas glândulas sudoríparas e sebáceas situadas na profundidade da pele.
A primeira barreira corresponde precisamente a esta membrana gorda e ligeiramente ácida que, por um lado, impede a passagem da água e, por outro lado, exerce um efeito anti-séptico que dificulta a aglomeração de microorganismos. Todavia, convém sublinhar que a superfície da pele é permanentemente habitada por milhões de micróbios por centímetro quadrado, sobretudo bactérias e fungos microscópicos que encontram na superfície da pele condições favoráveis para se alimentarem e sobreviverem. Contudo, em condições normais, são microorganismos não patogénicos, ou seja, a sua existência acaba por ser benéfica, já que impedem a união e aglomeração de outros microorganismos perigosos. No entanto, esta função defensiva apenas é eficaz quando se procede a uma limpeza regular da pele, de modo a eliminar as impurezas e os resíduos, sem contudo exagerar na repetição das lavagens nem utilizar produtos muito alcalinos ou agressivos, pois podem deteriorar a camada protetora.
A resistência e elasticidade da estrutura da pele também proporcionam uma certa proteção contra os agentes bacterianos e químicos e também contra os golpes,