funções da linguagem
As funções da linguagem
(Marina Ferreira e Tânia Pellegrini* )
A linguagem sempre varia de acordo com a situação, assumindo funções que levam em consideração o que se quer transmitir e que efeitos se espera obter com o que se transmite.
O texto 1 prioriza uma mensagem específica, isto é, reflexão a respeito da força do tempo que passa, deixando tudo para trás (a roda viva ). Essa mensagem é construída por meio de muitas imagens, numa seleção e combinação de palavras bastante particular, com clara intenção estética. Ou seja, o autor baseia-se na conotação . A análise e interpretação das imagens envolve a multiplicidade dos significados que a conotação permite.
Já o texto 2 quer informar, polemizando. Escrito em linguagem denotativa , evita os duplos sentidos. O autor quer passar idéias a respeito de um assunto que faz parte de sua profissão (ele é assessor de comunicação de markenting político) e as apresenta de maneira direta e objetiva, pois o que mais importa aí é a defesa de um ponto de vista, de uma opinião.Trata-se de uma comunicação direta sobre um referente , um elemento de contexto .
O texto 3, a propaganda, em que se juntam imagem e texto, quer convencer os leitores a fazer seus anúncios em determinado meio de comunicação. Portanto, emprega a denotação porque precisa informar (há páginas seqüenciais coloridas, há mais tempo para reservar e entregar material) e conotação porque precisa persuadir(“é melhor do que o arco-íris”). O uso dos verbos no imperativo (“anuncie”, “experimente”) também pretende, de maneira impositiva, instigar o consumidor.
Assim, analisando qualquer texto, qualquer imagem, pode-se depreender que suas linguagens funcionam para atingir um objetivo. Não há comunicação neutra. Como já vimos em capítulos anteriores, há sempre um contexto, uma necessidade, uma situação pessoal determinando o que se diz, por intermédio de um discurso que pode ser informativo, autoritário,