fundamentos
Embora as origens do Neoliberalismo possam ser identificadas desde antes, sua afirmação concreta ocorreu na virada da década de 70 para a de 80. a eleição dos governos conservadores de Margaret Thatcher na Inglaterra em 1979 e de Ronald Regan em 1981 confirmam essa afirmação. Durante toda a década de 80, assistiu-se a uma enorme expansão desse tipo de perspectiva por causa da revitalização do liberalismo como reação político-ideológica à crise dos anos 70, da ineficácia do Estado em controlar essa crise, da funcionalidade e adequação do Neoliberalismo para a classe dominante e, evidentemente, a derrocada do Socialismo Real.
O desenvolvimento do processo de internacionalização do capital define o que se chama de Globalização da economia, que constitui um novo Cenário para a década de 90: crescimento das atividades internacionais das firmas e dos fluxos comerciais; ampla mudança da base tecnológica, fazendo com que alguns autores chegassem a denominá-la Terceira Revolução Industrial; reordenamento dos mercados, com uma maior importância da Ásia; intensificação da circulação financeira, caracterizada pela expansão na mobilidade e na intermediação do capital internacional; predominância das trocas das trocas ditas intra-setoriais; reorganização dos grupos industriais em redes e firmas.
Em suma, aparentemente intensificou-se a relação entre os países tanto no que se refere ao setor produtivo, quanto aos fluxos comerciais e financeiros. Nesse sentido, a desregulamentação dos mercados e a desobstrução do comércio internacional e da entrada de capitais afirmam-se como as diretrizes de políticas que podem garantir a inserção das diferentes nações no novo contexto de Globalização. Abrem-se as portas para que o Neoliberalismo se apresentasse como a única forma de obter com êxito essa inserção. Apresenta-se a Globalização como fenômeno natural e irreversível e, a partir daí, as políticas neoliberais como as