Fundamentos E Metodologia De L Ngua Portuguesa
INTRODUÇÃO
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A Diferença entre “Fala e Escrita”.
Existem muitas discussões quando se trata da forma como se escreve e se fala seja na modalidade oral ou escrita, prevalece à posição social do sujeito a partir da variedade utilizada.
O que acontece é que em toda língua existe um fenômeno chamado variação, isto é, nenhuma língua é falada do mesmo jeito em todos os lugares.
Há uma tendência muito forte no ensino da língua de querer obrigar, ou impor o aluno a pronunciar “do jeito que se escreve”, como se essa fosse a única maneira “certa” de falar o português. Essa supervalorização da língua escrita combinada com o desprezo da língua falada é um preconceito que data de antes de Cristo.
É claro que é preciso ensinar a escrever de acordo com a ortografia oficial, mas não se pode fazer isso tentando criar uma língua falada “artificial” e reprovando como “erradas” as pronúncias que são os resultados naturais das forças internas e externas como é o nosso idioma. Afinal, a língua falada é a língua que foi aprendida pelo falante em seu contato com a família e com a comunidade, logo nos primeiros anos de vida. É o instrumento básico de sobrevivência que diferencia o homem dos animais. Vejamos a tabela abaixo:
Fala
Escrita
1. Como acontece sempre em um determinado contexto, as referencias são claras (Isto aqui, aquela coisa lá).
1. Deve ser bem especificada para criar um contexto próprio.
2. O falante e o ouvinte estão em contato
2. O leitor não esta presente quando se direto, e a integração acontece por troca de escreve e não há interação, exceto na turnos. conversa via internet ou telefone celular, embora não tão imediata quanto oral.
3. O Interlocutor é, geralmente, alguém especifico. 3. Muitas vezes, o leitor não é conhecido pelo escritor.
4. Como existe interação, as reações são, normalmente, imediatas e podem ser:
- verbais: perguntas, comentários, murmúrios, resmungos etc.;
- Não verbais: expressões faciais