Os CAPS são considerados hoje um dispositivo estratégico da política de saúde mental, e um dos elementos centrais do que há de mais inovador nas propostas da Reforma Psiquiátrica. Os CAPS têm como função: prestar atendimento clínico em regime de atenção diária, evitando reinternações em hospitais psiquiátricos; E papel do assistente promover a inserção social das pessoas com transtornos mentais por meio de ações conjuntas com outros profissionais, e regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental na sua área de atuação, dando suporte à atenção em saúde mental na rede básica. O processo de trabalho em saúde mental está orientado na busca de ruptura do binômio isolamento social/cura, Esse “novo” modelo está pautado em uma concepção ampliada de saúde com base no SUS, implicada numa relação com o contexto econômico, social e cultural do país, ou seja, abrange situações de moradia, saneamento, renda, alimentação, educação, acesso ao lazer e bens. Somente pelo Serviço Social (triagem, atendimento familiar e alta) atualmente são compartilhadas por outros integrantes da equipe.Frente à plasticidade e à transformação das “intervenções tradicionais”, se faz necessário que o profissional tenha maior clareza sobre suas atribuições, objeto profissional, saberes e contribuições, de modo que subsidiem a construção das fronteiras de competência em relação às outras profissões do campo. O trabalho na saúde mental coletiva, com base na concepção ampliada de saúde, gera impactos no trabalho das profissões, pois cria necessidade de intenso diálogo, e planejamento em conjunto. Além disso, as fronteiras entre as profissões aparecem nesse modelo menos “rígidas”, pois o trabalho torna-se cada vez mais coletivo, exigindo a constante interação e comunicação. Essa situação atual das profissões provoca movimentos de tensão no seu mandato social historicamente circunscrito. Mas muitas vezes a ideia de trabalho em equipe vem carregada da concepção de que ao