Fundamentos filosóficos acerca do estudo da motivação e emoção
Fundamentos Filosóficos acerca do estudo da motivação e emoção:
Um dos debates mais antigos da Filosofia é a questão Mente e Cérebro, também conhecido como Mente e Corpo. Existem duas grandes posições a cerca desse debate. A posição dualista propõe que Mente e Cérebro são entidades distintas, ou seja: cada uma delas forma um sistema independente.
De acordo com essa perspectiva o cérebro é composto por matéria e é característica comum a todos os animais e seres humanos. A mente, por sua vez, é uma característica exclusivamente humana, ou seja: É a mente que torna a espécie humana diferente das outras espécies animais.
Descartes, o primeiro filósofo da Idade Moderna, sintetizou esse pensamento numa frase que diz "Penso, logo existo", que reflete o fato do ser humano, por ter a capacidade de pensar (Mente) existir como um indivíduo diferente dos outros animais.
A perspectiva dualista proposta por Descartes, pressupõe também uma possível interação entre esses dois sistemas. Um mau funcionamento da mente pode levar a um mau funcionamento do cérebro ou do corpo.
Ex.: Uma pessoa deprimida (mau funcionamento da mente) pode ficar mais susceptível a doenças oportunistas ex.: gripe, graças a uma queda na atividade do seu sistema imunológico. Da mesma forma uma pessoa ansiosa (prejuízo no funcionamento da Mente), pode apresentar úlceras estomacais (prejuízo no funcionamento corporal).
A perspectiva dualista interacionista é a base da medicina psicossomática, que pressupõe uma interação entre mente (psico) e corpo (somática).
A proposta cartesiana que dissocia mente e cérebro leva à origem de duas áreas de conhecimento distintas: uma preocupada com o estudo do cérebro, conhecida hoje como biologia e a outra responsável pelo estudo da mente, conhecida hoje como psicologia.
Mais ainda, a perspectiva cartesiana pressupõe a existência de dois profissionais distintos na área de saúde: Um responsável por realizar intervenções em distúrbios que