FUNDAMENTOS DA TÉCNICA PSICANALÍTICA
(R. HORÁCIO ETCHEGOYEN)
A presente resenha visa a resumir o Capítulo 25 “O Conceito da Interpretação”, dessa obra do renomado psicanalista argentino Ricardo Horácio Etchegoyen, que aborda os instrumentos que o terapeuta dispõe para informar o paciente: a informação, o esclarecimento e a interpretação.
A informação se refere a algo que o paciente desconhece e deveria conhecer em relação a conhecimentos extrínsecos, a dados da realidade ou do mundo, não de si próprio. Refere-se a algo que o paciente ignora do mundo exterior, da realidade, algo que não lhe pertence. Algumas vezes, as falhas objetivas de informação são produtos do recalque, da negação ou de outro mecanismo de defesa. A informação aumenta o conhecimento do analisando, mas não se refere especificamente a seus problemas e sim a um desconhecimento objetivo que, de algum modo, influi sobre ele, mas que, no entanto, o analista pode não se sentir na obrigação de informar.
O esclarecimento busca iluminar algo que o indivíduo sabe, mas não distintamente. O conhecimento existe; porém, diferentemente da informação, aqui a falha é um tanto pessoal. O esclarecimento não promove insight, mas apenas um reordenamento da informação, implicando o vencimento de uma resistência.
A interpretação se refere sempre a algo que pertence ao paciente, mas do qual ele não tem conhecimento. A interpretação tem de ser veraz, desinteressada e pertinente. Se não for verdadeira, não será objetiva nem certa. Sua finalidade é a de informar, isto é, compartilhar conhecimento. O analista deve informar desinteressadamente ou estará sugerindo, apoiando, persuadindo ou manipulando. Ele não deve se importar com a atitude do paciente em relação ao conhecimento transmitido. A comunicação deve ser transmitida numa linguagem clara para evitar equívoco ou imprecisão. A interpretação é uma informação que se dá ao paciente destinada a produzir insight. É também uma nova conexão de significado, que dá