dialogando com o silencio 07

Dialogando sobre o silêncio

Recém-formada em Psicologia defrontei-me com a dificuldade de praticar e definir o silêncio no setting terapêutico, pois, minhas primeiras vivencias no atendimento clínico, mostraram que o silêncio tem vários significados. Porém antes de conhecer o silêncio e suas particularidades, achei importante conhecer os sujeitos que teorizaram a Psicanálise e seus fundamentos, porque essa foi minha escolha como abordagem clínica. Sigmund Freud é sem dúvida minha primeira escolha, pois já nos primeiros estudos realizados sobre sua teoria, aprendi a admirar o pesquisador que sempre esteve à frente de seu tempo e mudou a forma de se pensar a personalidade humana. Freud não se deixou intimidar pelos costumes e convenções de sua época, ao contrário foi destemido, pesquisou, experienciou e vivenciou situações no setting terapêutico que levaram a novas descobertas em relação as áreas da psique, colaborou com novas descobertas para o tratamento das doenças da mente, colocou em discussão os preconceitos sociais, religiosos, sociais e científicos e sempre esteve aberto a novas possibilidades repensando e revendo as próprias teorias. No entanto a Psicanálise de Freud vem passando por diversos estudos e pesquisas para acompanhar o sujeito contemporâneo e é essa relação que pretendo construir: o silêncio do sujeito de Freud e o silêncio do sujeito contemporâneo.
Diante da dificuldade, em não conseguir definir o silêncio na psicoterapia, resolvi aprofundar minhas pesquisas sobre o assunto. A proposta é falar sobre o silêncio, de forma conceitual e os vários significados dado a ele na psicoterapia. Fazer uma breve explanação sobre a modalidade de tratamento de base psicanalítica, me atendo a Psicanálise e a Psicoterapia Psicanalítica. Finalmente preparar uma compreensão entre as regras fundamentais da Psicanálise, Associação livre, transferência e o papel e a função do silêncio na psicoterapia contemporânea.
No dicionário, silêncio ganha a classificação entre