Fundamentos Arquivísticos
Tema: A Escrita na Sociedade.
Referência: GOODY, Jack. “O Estado, a Repartição Pública e o Arquivo” In: A Lógica da Escrita e a Organização da Sociedade. Lisboa: Edições 70, Cambridge University Press, 1986. p. 107-141, 146-147.
“[...] nesta forma ampliada, da capacidade da escrita de comunicar à distância, de armazenar informação em arquivos, e de tender para despersonalizar a interação” (p.109)
“Tal como acontece na religião, a escrita tendeu a promover a autonomia de organizações que desenvolveram os seus próprios modos de proceder, as suas próprias compilações da tradição escrita, os seus próprios especialistas e, possivelmente, o seu próprio sistema de apoio” (p.110)
“[...] a escrita e a orientação política tem precisamente a ver como formação do estado, a burocracia, e o subsequente papel da escrita primitiva no auxílio à unificação de grandes impérios como é o caso da China” (p.111)
“A escrita não era essencial ao desenvolvimento do estado mas de um certo tipo de estado, o burocrático” (p.111)
“A escrita desempenhou um papel evidentemente importante no sistema jurídico [...] Mas pouco paralelo havia com as utilizações da instrução em assembleias, na circulação mais vasta de informação ao nível ideológico, não ainda para procedimentos consultivos” (p.112)
“[...] a noção de era um dos primeiros traços do governo letrado, o qual encorajava nitidamente o rigor da interpretação literal (isto é, à letra) de éditos e tratados” (p.118)
“Por todo o mundo do Próximo Oriente a escrita era utilizada para estabelecer alianças entre estados de uma maneira que parece, e é, muito nossa contemporânea, independentemente do recurso a sanções religiosas” (p.119)
“[...] as utilizações da escrita afetavam não só as formas da interação como também ajudavam a mudar a natureza das suas regras, substituindo pelo texto fixo a expressão oral variável” (p.121)
“Nas sociedades orais, um indivíduo pode geralmente memorizar as suas transações pessoais, políticas e