Fronteira e zona de alta vigil ncia
Autor:
Wagner Souza Goulart
INTRODUÇÃO
No ano de 2005, no rebanho de bovídeos dos municípios do sul do estado de Mato Grosso do Sul, Japorã, Eldorado e Mundo Novo, região de fronteira seca com o Paraguai, foi detectado a presença do vírus da febre Aftosa pela Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO), órgão fiscalizador estadual responsável.
Para controle e erradicação da enfermidade e retorno do estado ao status de área livre de Aftosa com vacinação (requisito necessário de exportação para os países membros da Organização Mundial de Saúde Animal), foram implementadas medidas que, seguindo as normatizações do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), sob orientação do Ministério de Agricultura Abastecimento e Pecuária (MAPA), coordenados pelo Grupo Especial de Atenção a Suspeita de Enfermidades Emergenciais ou Exóticas (GEASE), regidos pelo Manual de procedimentos para la atención e ocurrencias del fiebre Aftosa y otras enfermedades vesiculares da Organização Panamericana de Saúde sob a influência mor da Organização Mundial de Saúde Animal (ou Organização Internacional de Epizootia- OIE), trouxeram, além da necessária observação para a questão do contrabando de gado na região de fronteira, uma maior atenção para o cumprimento das ações legais sanitárias obrigatórias vigentes no estado, mas principalmente, impactos sócio/econômicos diretos e indiretos nas comunidades abrangidas pelas ações de contingência do vírus. Essas ações resultaram posteriormente na criação da Zona de Alta Vigilância (ZAV) pecuária, região de fronteira entre Brasil e Paraguai, sendo estendida para a Bolívia.
Tendo como referência o Relatório parcial das ações adotadas para eliminação dos focos de febre aftosa nos municípios de Eldorado, Japorã e Mundo Novo – MS/ Período: outubro 2005 –outubro 2006, elaborado pelo GEASE (2006), as medidas