Na adolescência, em virtude da maturação do aparelho genital e da produção de hormonais sexuais, renascem ou reativa os impulsos sexuais e agressivos. Em estádios anteriores, o indivíduo obtinha satisfação erótica mediante a estimulação e manipulação de determinadas zonas do seu corpo. Embora no estádio fálico a sexualidade auto-erótica comece a ser superada, ela ainda não está orientada de uma forma realista e socialmente aprovada. Manifesta-se para ser reprimida. Além disso, tudo se passa na imaginação fantasista da criança. O estádio genital é um período em que conflitos de estádios anteriores podem ser revividos. Freud dá importância especial à reativação do complexo de Édipo e à sua liquidação. A passagem da sexualidade infantil à sexualidade madura exige que as escolhas sexuais se façam, de forma realista e segundo a norma cultural, fora do universo familiar, sendo os pais suprimidos enquanto objetos da libido ou do impulso sexual. Se os conflitos característicos de estádios anteriores do desenvolvimento anterior forem resolvidos de forma satisfatória, o indivíduo entra no último estádio psicossexual com a libido organizada em torno dos órgãos genitais e assim permanecerá toda a vida. A qualidade da gratificação sexual durante o estádio genital difere significativamente da de estádios anteriores. Na verdade, os primeiros afectos e ligações infantis eram essencialmente narcisistas: a criança estava unicamente interessada no seu próprio prazer erótico. No estádio genital – que estabelece a fusão e integração dos impulsos pré-genitais – desenvolve-se o desejo pela gratificação sexual mútua, a capacidade de amar e de partilhar o prazer. Segundo Freud, o estádio genital é o ponto de chegada de uma longa viagem, desde a sexualidade auto-erótica à sexualidade realisticamente orientada, característica do indivíduo socializado. A sublimação é especialmente importante neste período porque os impulsos do ID (egoístas e agressivos) continuam